terça-feira, 7 de julho de 2009

Verde

Um cortejo de nuvens ruma ao sul
Fragmentos de silêncio
Unificam-se ao longe
Devolvendo-nos a paz por momentos
Pensamentos contraditórios
Compartilham o mesmo espaço
Onde as arvores fazem vénia ao vento
Vento que leva
Barcos a vela, papagaios e pensamentos de meninos descalços
Enquanto as carícias incessantes das ondas
Tentam passar despercebidas
Familiarizando-se
O mar no banco dos réus
O traje negro e os orfãos
O dia de matar as saudades
Até as pedras das calçadas
Sabem do dia a dia das gentes das ilhas
Que das cores só o verde lhes foi dado
Mas em letras.


Doca

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