terça-feira, 7 de julho de 2009

Paixao

É desconcertante
As formas que o teu corpo descreve
A subtileza com que escorregas
O teu cheiro que me faz agua na boca,
E quando me tocas nos lábios
Descargas de satisfação percorrem meu corpo
Numa mistura de saudade, satisfação
E numa ansiedade crescente
A cada segundo ao teu lado
Minha temperatura sobe
Minhas ideias baralham-se
As palavras voam rumo a liberdade
Muitas vezes sem sentido algum,
Outras, com um grande sentido poético e de sabedoria,
Mas após horas dessa fusão de seres
Na maior parte das vezes
Já com as pernas bambas
Sem equilíbrio nem compostura
Levanto cambaleando-me
E… declamo-te alguns versos
Encima duma mesa, cadeira, ou mesmo do chão
Com a língua já pesando o dobro do peso
… Se eu não te amasse… tanto
Se também não te bebesse brando
E quando te vejo
Nu, nos copos
Sou logo enfeitiçado
Pelo teu sabor
E deixo-me embriagar pelo teu ser
E luto para que este teu corpo e cheiro sejam só meus
E que mais ninguém os sinta
E apesar dessa dança de imagens a minha frente
Ainda estou morto de sede pelo meu puro vinho



Doca

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